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Já parou para pensar no prazer de ler um bom texto? E o que faz um bom texto? Bem, muitas coisas… Não vamos discorrer sobre todas, mas certamente uma delas é o emprego das palavras certas, precisas, para que a mensagem chegue a quem lê sem equívoco, sem ruído, sem “estranhamento”. Um velho professor meu dizia que “as palavras são como anjos que voam sobre nossas cabeças à espera de serem chamados”. Estão nas nuvens, basta querer alcançá-las. Quem dera, não?

Por falar em nuvem, nos lembramos da internet. Todos os dias, lemos notícias, assistimos vídeos com legendas, vemos anúncios, filmes etc. E, sem saber, podemos nos deparar com textos traduzidos de outros idiomas para o português. E neles também desejamos encontrar a mesma qualidade e fluidez que encontramos em um originalmente escrito em português.

Mas você já parou para pensar na importância de um bom tradutor para que você possa compreender exatamente – ou o mais próximo do possível – a mensagem do texto em língua estrangeira? Já se deparou com algum termo ou alguma frase que não soou muito bem em português? E quando se trata de um texto técnico ou profissional? É ainda mais importante que ele seja bem traduzido. Muitas vezes, trata-se de normas, procedimentos, instruções etc., e más traduções poderão, inclusive, levar pessoas a cometerem erros.

O uso de tradutores automáticos, como sabemos, vem se popularizando. Em função da inteligência artificial, estão cada vez melhores, mas já atendem 100% às expectativas? Já conseguem substituir a tradução feita por um ser humano? Por exemplo: você já se deparou com traduções incorretas de palavras como: eventually por “eventualmente” e não “finalmente”, comprehensive por “compreensivo” e não “abrangente”, devolve por “devolver” e não “transferir, encarregar”, notorious por “notório” e não “de má reputação”, dent por “dente” e não “amassado”, estate por “estado” e não “patrimônio”, requirement por “requerimento” e não “requisito”, entre outras? Se sim, você pode ter estado diante de traduções automáticas do Google Translator ou, no mínimo, desatentas. Tradução envolve uma palavra-chave: contexto. Por isso, a tradução automática, por mais que tenha avançado, ainda não é absolutamente confiável.

Quanto mais lemos, mais nos tornamos exigentes em relação a um bom texto. Sendo um material traduzido um dos meios que uma empresa ou um profissional encontra para satisfazer suas mais diversas demandas, como comunicar-se com seus clientes, fornecedores, colaboradores e outras partes interessadas, não pode apresentar erros, sobretudo quando se tratar de assuntos técnicos ou profissionais. Daí a importância de se contar com profissionais de tradução qualificados e especializados no assunto do texto, com a devida formação, paixão pela pesquisa, pelo emprego da terminologia adequada, pela fidelidade ao original etc. Isso tudo sem falar do compromisso inalienável com a qualidade e a confidencialidade. Um bom tradutor poderá te ajudar nisso. Conte com a GS!

Por Marcio Antonio Pagoto
tradutor freelancer, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo e bacharel em Letras pela Fundação Santo André
22/08/2020

Sua empresa já está preparada?

Depois de várias tentativas de ser publicada uma NR obrigando as empresas a implementarem um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, finalmente esta obrigatoriedade será concretizada em março/2021 com os novos textos das NRs, direcionando para o GRO – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, conforme Portaria No. 6730, de 12/03/2020. Com isso acaba-se o PPRA, LTCAT, entre outros e estes documentos serão abrangidos por um monitoramento continuo de um PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos, alinhados à ISO45001:2018. O PGR vai requerer pelo menos: Inventário de riscos e Plano de ação.

Além disso, existe uma certeza de que as datas desta obrigatoriedade não serão postergadas para após o dia 12/03/2021, afinal o governo precisa de dinheiro para pagar os auxílios emergenciais e inspeções trabalhistas com multas passariam a ser uma grande fonte de geração de renda.

O item 1.5 da nova NR-01 deixa claro o detalhamento deste GRO e a NR17 voltada à ergonomia será a grande referência neste cenário de identificação de perigos e avaliação de riscos.

As empresas que já possuem a certificação ISO45001, ou pelo menos estiverem adequadas às esta norma, mesmo sem uma certificação de 3ª. parte, sairão na frente destas adequações. Temos visto uma grande procura destas adequações neste últimos meses e, com a pandemia, os cuidados voltados à gestão de saúde passaram a ser até mais focados que os assuntos de segurança do trabalho, ou seja, está muito fácil em se certificar nesta nova norma, sem requerer muitos recursos, e em 2021 esta necessidade ficará ainda mais clara.

Vale lembrar que a grande diferença da OHSAS18001:2007 para a ISO45001:2018 está na forma mais humanitária em que os trabalhadores são tratados nesta nova norma, tendo uma maior participação e consulta deles, o chamado “efeito bidê” (de baixo para cima), invés do atual efeito “chuveiro” (de cima para baixo), como já dizia um grande amigo auditor de Sistemas de Gestão.

A propósito, você já identificou estas novas legislações como uma oportunidade dentro do seu contexto organizacional?

Em 2020 a GS já assessorou diversas empresas em processos de implementação da ISO45001, obtendo sucesso em todos eles! Sua empresa pode ser a próxima!

Paulo Rogério Apostólico
Sócio da GS Gestão Sustentável Consultoria e Treinamento Ltda.
Auditor, consultor e instrutor de SGI
22/08/2020

https://theconversation.com/amp/zoom-fatigue-how-to-make-video-calls-less-tiring-137861

Muitas frases novas entraram em nosso vocabulário como resultado da pandemia e bloqueio do COVID-19.
“ZOOM Fatigue” ou “Fadiga do Zoom” refere-se ao esgotamento mental associado à videoconferência online.

Podemos mudar a maneira como interagimos em vídeo chamadas com comportamentos sociais adaptados, como agendar reuniões mais curtas. Mas as teorias da pesquisa em áudio e som nos dizem que muito do que determina o quão cansado você fica é baseado no que você está ouvindo.

As vozes transmitidas pela Internet em tempo real são inéditas e, portanto, cruas para nossos ouvidos. É por isso que podemos ficar uma hora ouvindo uma entrevista em podcast, mas nos sentimos esgotados após uma reunião em vídeo – mesmo que não tenhamos que contribuir.

A boa notícia é que cada um de nós pode contribuir para reduzir a “Fadiga do Zoom”. Você pode alterar algumas coisas imples para melhorar a experiência de videoconferência de todos.

Sem ruídos

Sons não naturais, inesperados e irritantes invocam uma resposta em nossos cérebros e nos forçam a nos concentrar neles. Em uma chamada de conferência ou videoconferência, sua voz é transformada pelo microfone. As frequências de alta frequência serão amplificadas, resultando em um efeito estridente do “Mickey Mouse”.

Sons sutis, como toques nas teclas e sons de deglutição, serão capturados e amplificados através do sistema. Cadeiras estridentes, comer lanches crocantes e beber café podem soar para os ouvintes como se você estivesse mastigando seus ouvidos.

Você até consegue limitar o efeito negativo que sua voz pode estar causando em outras pessoas, o problema é que você não sabe o que realmente soa nos dispositivos deles. Face a face, podemos nos ouvir no mesmo ambiente que nosso público ouve e nos ajustamos de acordo, mas isso não é possível on-line.

Coloque-se no lugar do ouvinte: grave uma reunião por conta própria e ouça novamente para entender como os outros o ouvem. Algo tão simples quanto ajustar a posição, distância ou direção do microfone pode fazer uma grande diferença. A mudança do microfone embutido de um laptop para um microfone de fone de ouvido pode mascarar muitos ruídos ambientais, como cliques no teclado ou eco da sala.

Seu novo espaço social

Embora o conteúdo e os tópicos de nossas conversas em vídeo possam permanecer os mesmos, somos limitados pela tecnologia. Ouvir bate-papos em grupo pode ser cansativo, porque perdemos a maneira como usamos os sons do “canal de fundo” para fornecer feedback contínuo.

Essa “metacomunicação” sutil envolve o uso de sons verbais e não verbais, como “sim” ou “uh-huh”, que mostram atenção, entendimento ou concordância, distraem e interrompem o fluxo em uma conversa em grupo. Atrasos na rede podem confundir ainda mais as coisas quando a fala do interlocutor e a resposta do canal de fundo chegam fora de sincronia ou com longos atrasos e podem interromper completamente o fluxo da conversa.

Problemas de rede também podem afetar a clareza da fala. A perda de dados no feed de áudio pode causar vozes não naturais e sons ausentes. Nosso cérebro precisa fazer um trabalho extra para preencher as lacunas. Usamos energia concentrada em mudanças de voz não naturais que desviam nossa concentração da compreensão da mensagem.

Devemos reconhecer os limites técnicos das conversas por vídeo e nos adaptar cultivando novas etiquetas de conversas. Silencie seus microfones depois de cumprimentar e usar o bate-papo por texto para interpor ou levantar perguntas em conversas em grupo. Articule claramente seu próprio discurso (não murmure) e ative legendas para facilitar sua compreensão. E verifique se outra pessoa na casa não está consumindo toda a largura de banda da rede enquanto você realiza uma videoconferência.

Organize seu espaço

As conversas em um ambiente doméstico trazem ruídos de fundo, ecos e reverberação devido à acústica da sala. Conversas típicas em segundo plano em escritórios de plano aberto podem ser facilmente filtradas subconscientemente pelo cérebro, devido à sua capacidade de separar os sons por localização ou direção.

Essas dicas espaciais nos permitem focar em um único alto-falante em uma sala lotada. Essa é uma das razões pelas quais conversas paralelas realizadas paralelamente à discussão principal não funcionam em uma videoconferência. Sem a ajuda de informações direcionais, os ruídos de fundo e a fala se tornam muito mais intrusivos. Os quartos em casa podem produzir reverberações que podem reduzir sua capacidade de entender a fala.

Para tornar seu ambiente de vídeo caseiro mais acolhedor, feche a porta para manter pelo menos animais de estimação afastados, mesmo que isso não impeça as crianças de interromperem. Você pode não querer converter sua sala de estar em um estúdio de gravação colocando caixas de ovos por toda a parede, mas você pode tornar o ambiente acústico mais “amigável”, reduzindo a reverberação e os ecos com móveis macios, como cobertores ou travesseiros, em vez de paredes simples. A estante de fundo não é apenas um suporte bonito, mas também um bom defletor acústico.

Assim como o distanciamento social, a melhoria da qualidade da sua experiência com videochamada depende de um esforço da comunidade. Como muitos de nós não voltamos ao escritório por um longo tempo, todos devemos trabalhar para reduzir a “Fadiga do Zoom” e fazer com que as chamadas sejam menos cansativas para todos.

Paulo Rogério Apostólico
Sócio da GS Gestão Sustentável Consultoria e Treinamento Ltda.
Auditor, consultor e instrutor de SGI
16/10/2020

Durante as auditorias de Sistema, vários erros são encontrados no processo de calibração, dos quais vamos tratar de alguns mais importantes:

1º Erro: Como sempre o Certificado de Calibração é um dos principais erros encontrados, geralmente por falta de informações importantes, tais como: identificação de instrumentos de forma a manter a rastreabilidade, identificação dos padrões utilizados, medições individuais, médias das medições e ausência de informações de incertezas, entre outras.

Porém todas estas informações, ou seja, as mínimas que devem conter um certificado estão definidas na ISO/IEC 17025:2017, portanto é importante conhecer estes requisitos para que você possa interagir com os laboratórios de calibração e obter o melhor serviço, adequado as suas necessidades.

2º Erro: Outro aspecto importante esta relacionado à faixa de calibração dos instrumentos e equipamentos, quando não é indicada a faixa de calibração pretendida, normalmente o Laboratório adota a faixa padrão aprovada nos seus procedimentos internos. Portanto como boa prática seria importante informar a Faixa de calibração em função do processo no qual o instrumento é utilizado, principalmente quando instrumento é dedicado a uma faixa medição no processo.

Exemplo: Calibração de um termômetro digital de faixa de 0°C a 1000°C normalmente se não for definida a faixa de calibração o laboratório irá dividir a escala por 3 , 5 ou 10 dependendo do seu procedimento, e executar a calibração da seguinte forma:

1º caso: 0°C / 300°C / 600°C / 1000°C

2º caso: 0°C / 200°C / 400°C /600°C / 800°C / 1000°C

3º caso: 0°C / 100°C / 200°C / 300°C/400°C / 500°C / 600°C / 700°C/ 800°C / 900°C / 1000°C.

Agora vamos imaginar que os parâmetros de seu processo esteja estabelecido entre 650°C e 750°C, neste sentido a calibração do 1º caso pouco serviria, pois os intervalos de calibração são muito abertos.

No 2º caso o processo seria um pouco melhor, porém ainda fora faixa de trabalho. Então neste exemplo, o 3º caso seria a condição mais adequada que poderíamos adotar, porque há 3 pontos de calibração próximos da faixa de trabalho ou seja: 600°C; 700°C; 800°C.

Mas ainda teríamos outra opção; que seria indicar ao laboratório a faixa na qual, necessitamos a calibração, ou seja, 650°C e 750°C, assim poderíamos adotar uma calibração:

4º caso: 0°C / 600°C / 650°C /700°C / 750°C /800°C.

Este tipo de processo é perfeitamente aceitável com instrumentos dedicados a uma faixa de trabalho e em muitos casos mais econômicos, pois a quantidade de pontos de calibração podem ser menores e mais alinhados as necessidades.

3º Erro: Outro ponto importante é a não consideração da Incerteza de Medição declarada no certificado para a aceitação do Instrumento, quando comparada com o Critério de Aceitação.

O Certificado de Calibração normalmente apresenta o erro médio e a incerteza de medição.

Com estes dois valores podemos obter o erro total do instrumento; e assim decidir pela sua aceitação ou não, quando comparado com o critério de aceitação.

O erro e a incerteza de medição estão relacionados aos erros sistemático e aleatório e têm influência direta na precisão e exatidão dos instrumentos de medição, respectivamente.

Na tabela acima podemos ver que o ponto de 90 mm da face externa, por exemplo, apresenta erro nulo, porém, apresenta a maior incerteza, 0,09mm.

Portanto, é importante gravar a ideia de que um instrumento de medição preciso e exato, repete bem e praticamente não apresenta erros. Como conclusão instrumentos com incertezas maiores tem menor exatidão, e consequentemente menor capacidade de repetir medidas. Este aspecto pode ser evidenciado por uma calibração do instrumento.

4ª Erro: A Não Definição de Critério de Aceitação, de forma adequada, levando em consideração as tolerâncias de produto e processo.

É comum verificarmos que os critérios de aceitação dos instrumentos/equipamentos são definidos levando somente em consideração informações de fabricantes, desconsiderando as informações de tolerâncias de produtos e processos. Quando isso ocorre, existe uma grande chance de que instrumento/equipamento, seja considerado muito rapidamente, como não adequado ao uso, em função de não atender as especificações de fabricação. Porém esta condição pode ser redefinida de forma que cada instrumento/equipamento de medição e teste, tenha o seu critério de aceitação definido em função das medições e das tolerâncias de produto e processo, as quais o instrumento irá medir. A única exceção é quando existe uma legislação específica que determina que a calibração deva seguir conceitos e requisitos das normas de Metrologia Legal, por exemplo: Balanças quando esta relacionada à pesagem de produtos para o consumidor final (sujeito ao código do Consumidor).

O critério de aceitação pode ser expresso em valores absolutos ou porcentagem, considerando ou não o fundo de escala do instrumento/equipamento, porém para esta definição podemos adotar alguns conceitos como segue:

1º passo

Importante é saber qual tolerância que o instrumento deve atender para realizar a medição.

Exemplo: medição de uma peça de 100 mm e a tolerância é de ± 0,5 mm. O intervalo desta tolerância é de 99,5 mm até 100,5 mm.

(Fonte CANAL METROLOGIA )

Exemplo 1:

1ª peça = 99,8mm, 2ª peça = 100,3 mm e 3ª peça= 99,4 mm.

Conforme figura abaixo, somente a peça 3 esta fora do intervalo

Esta medição foi feita sem considerar o erro total (erro do certificado + incerteza de medição) de um instrumento de medição, o que não ocorre no dia a dia.

2º passo

Calcular o intervalo total da tolerância,

Intervalo Total = Lim sup – Lim Inf -> 100,5 – 99,5 = 1,0 mm
Intervalo Total = 1,0 mm

Com o intervalo total calculado podemos passar para o 3º passo, que é o calculo do critério de aceitação de um instrumento de medição.

3º passo

Vamos dividir o intervalo de tolerância (1,0 mm) por 10:

Normalmente calculamos o critério de aceitação dividindo a menor tolerância de um determinado processo por 3. Este é um dos métodos mais utilizados hoje em dia. Veja a figura abaixo

Avaliando os dois gráficos acima podemos concluir que, quanto menor o divisor maior a zona de duvida (representada pela cor vermelha), sendo assim, valores abaixo de 10 pode deixar o sistema de medição mais barato, porém com maiores chances de reprovar peças boas ou aprovar peças ruins.
Já valores acima de 10 podem encarecer demais o sistema de medição.

Assim o instrumento que precisamos (mais adequado) para medir esta tolerância deve ter um erro total de 0,1 mm. (erro + incerteza).

Espero com esse artigo, ter contribuído para melhorar os conceitos no processo de calibração.

Pedro S. Rocha Jr.
Engº Mecânico – Auditor IATF
Membro da GS Gestão Sustentável Consultoria e Treinamento Ltda.
07/05/2020

Muitos tem perguntado por que a norma ISO45001:2018 não é denominada de ABNT NBR ISO45001:2018.

Para responder essa dúvida é importante entender alguns dos tipos de normas adotadas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A ABNT pode ter normas traduzidas ou adotadas, além de normas elaboradas pelos comitês formados pelas empresas e outros interessados pelos temas.

Vamos às diferenças!

Norma adotada é a norma ABNT que equivale a uma Norma Internacional e segue todo o processo de desenvolvimento de normas, ou seja, inicia-se pela análise de uma demanda, torna-se um projeto de norma que é tratado no âmbito da Comissão de Estudos, e depois circula em Consulta Nacional para conhecimento e participação da sociedade até sua publicação como Norma Brasileira.

Segundo o documento ABNT Diretiva 3 de 2017, referente às regras para adoção de normas Internacionais, uma adoção é a publicação de um Documento Técnico ABNT a partir de um Documento Técnico Internacional correspondente, com a identificação dos desvios técnicos, se existentes. E para concluir, quando publicadas, as Normas adotadas recebem o prefixo “ABNT NBR”. Como exemplo podemos destacar a ABNT NBR ISO 9001 e a ABNT NBR ISO 37001 – Sistema de Gestão Antissuborno, entre outras.

Norma traduzida é uma Norma Internacional, ou estrangeira, traduzida por especialistas, mas não adotada como Norma Brasileira, por não ser submetida ao processo formal de elaboração de Normas Brasileiras, assim mantendo sua nomenclatura original e não recebendo o prefixo “ABNT NBR”.

Vale destacar que, para a publicação de uma norma traduzida são consultados especialistas técnicos no tema, que legitimam a publicação. Somente assim é feita a divulgação do documento traduzido.

Como exemplos podemos citar a norma ISO 45001 e a ISO 19600 – Sistema de Gestão de Compliance.

A ABNT, além de não ter feito parte do grupo de mais de 70 países que participaram da elaboração da ISO 45001:2018, o Comitê ISO PC 283, não teve consenso entre as partes interessadas e não tem intenção de transformar esta Norma em NBR, portanto apenas a traduziu oficialmente.

Vale lembrar que em Dezembro de 2010, a ABNT publicou a norma ABNT NBR 18801 – Sistema de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho, baseada na norma OHSAS 18001, porém teve vida curta e foi cancelada em 2014.

(Algumas destas informações foram obtidas no Boletim ABNT vol 15, no. 232)

Paulo Rogério Apostólico
Sócio da GS Gestão Sustentável Consultoria e Treinamento Ltda.
Auditor, consultor e instrutor de SGI
04/05/2020